Influencer digital, palestrante, atriz e autora, essa é Aléxia Porto, uma jovem do Rio Grande do Sul que leva a arte de escrever para o mundo. Hoje, você vai conhecer o universo literário da escritora coberto de muitas poesias!
(Foto: Reprodução/Arquivo Pessoal)
Autora da obra “O que os pássaros me contaram”, ela fala que começou a escrever desde os oitos anos de idade e que sempre gostou de estar presente na literatura. “Eu vim de uma família que sempre consumiu muito a literatura, principalmente a nacional, sempre apoiamos os artistas nacionais. Isso me incentivou muito a seguir na literatura e na poesia”, disse.
A escritora revela que começou a escrever poesias em 2021 e se encontrou ali. Ela possui uma página no Instagram, @vivendo_escrita. Lá ela publica as suas obras. Aléxia começou a escrever seu livro publicado “O que os pássaros me contaram” aos 14 anos. “Em 2023 ele já estava finalizado, durante todo esse processo eu trabalhei para arrumar todos os investimentos do livro para conseguir moldar e deixar a obra do jeito que eu gosto”, revela.
Como palestrante, Aléxia faz palestras em escolas e leva a arte para crianças e adolescentes. “Eu gosto de levar a arte para as pessoas”, afirma.
No final do Ensino Médio, ela fala como faz para conciliar seus trabalhos na sua rotina. “Eu organizo minha rotina, faço um calendário semanal para conseguir deixar tudo em dia. A poesia vem de mim, eu escrevo a cada momento. Escrevo indo para a escola e escrevo quando estou trabalhando”, explica.
“Às vezes a gente vive na correria e acaba se afastando da arte, mas sinto que ela me aproxima. Eu me inspiro muito em pessoas ao meu redor, então por conta da minha rotina que é bem corrida, eu consigo encontrar inspiração”, destaca.
A escritora conta que sua maior motivação são as pessoas e define a arte como necessária para elas. “Eu recebo muitos relatos de leitores que leram meu livro e que acompanham o meu trabalho nas redes sociais. Isso me motiva muito a não parar de escrever e produzir cada vez mais”, afirma.
No universo literário da escritora, ela se orgulha do projeto de “O que os pássaros me contaram” e por tudo que ela já passou. “Eu me orgulho muito de ter tido a maturidade de escrever versos que até hoje se encaixam em situações de pessoas com idade completamente diferente da que eu tinha”, ressalta.
Aleatório, assim Aléxia define o seu processo criativo. “Funciona muito rápido, às vezes em várias etapas do dia. Mas uma coisa que eu gosto muito é de estar sempre consumindo leitura. Quem escreve poesias é obrigado a ler, eu tenho que consumir aquilo que eu escrevo. Eu leio muitos livros de poesias, acompanho os artistas nacionais e isso ajuda muito no meu processo criativo”, revela. “Como a poesia é algo bem sentimental, eu acredito que esse processo tem que ter uma relação com as pessoas”, acrescenta.
Para a escritora, “o mundo literário é um diamante que temos em nossas mãos para consumir mais coisas boas para dentro de nós. É uma jóia, uma maneira de ter uma resistência contra tudo que não é bom para nós”.
(Foto: Reprodução/Amazon)
Sua obra “O que os pássaros me contaram” traz poesias de versos livres sobre ciclos. “Eu escrevi com o objetivo de abraçar as pessoas, principalmente aquelas que estão perdidas, não sabem os seus sentimentos ou aquelas que entendem e são julgadas por isso. Eu trato muito sobre a vulnerabilidade como coisa boa. A intensidade é uma coisa linda de demonstrar para o mundo”, conta.
O livro é dividido em quatro capítulos com os nomes das estações: primavera, verão, outono e inverno. Em cada estação a obra fala sobre os processos. No verão, são as poesias mais calorosas e aconchegantes. No inverno, são poesias que tratam mais o fechamento de ciclo. O livro retrata um renascimento de uma pessoa após o encerramento de um ciclo. Nos seus versos, Aléxia retrata que aceitar a si mesmo e seus sentimentos, não é fraqueza. A vulnerabilidade é a intensidade é sinônimo de força e resistência.
A escritora revela que é apaixonada pela música “Vienna”, do Billy Joel. E diz que ela define a sua vida em tudo. “Quando eu estava passando por momentos difíceis, essa música me acalmava muito”, afirma.
Aléxia também cita outra música de conforto: “Quando bate aquela saudade”, do Rubel. “Eu escrevo muito escutando ela. É uma das músicas que mais me inspiram”, destaca.
Alcançar o máximo de pessoas com os seus livros, esse é o sonho da jovem escritora. “Eu me sinto realizada quando encontro meus leitores, eu desejo publicar o máximo de livros possíveis para ver as pessoas se sentindo abraçadas cada vez mais”, ressalta.
Sobre o Especial das Autoras, Aléxia fala que é um projeto incrível e necessário. “É muito necessário esse apoio e visibilidade. A gente sabe que todo artista nacional tem que lutar muito e correr atrás e quando encontramos pessoas boas que dão oportunidades para nós, é de extrema importância”, disse.
A escritora falou sobre o seu primeiro processo de publicação. “Eu publiquei pela editora Draft. Mandei e eles aprovaram o projeto e começamos a decidir tudo do livro. Foi um processo lindo”, conta.
Durante a entrevista, Aléxia fala que é muito fã do autor Fabrício Carpinejar. “Eu o conheci por conta da arte dele e eu pode entregar meu livro para ele e a gente autografou juntos. Trocamos uma ideia muito bacana. Foi muito importante para mim, fiquei extremamente feliz, ele é um dos autores que mais admiro”, ressalta.
A jovem destaca o momento mais marcante que viveu com a escrita. “Foi quando eu recebi o meu livro pela primeira vez em casa. Foi uma coisa linda que eu nem sei como descrever. Ver que o projeto deu certo, que é um pedaço de mim que as pessoas podem ter”, disse.
“Ver depois a reação das pessoas lendo também foi muito maravilhoso. A poesia só se torna poesia depois que ela é lida por outras pessoas”, acrescenta.
Para encerrar a exclusiva, claro que a Julietta quis saber qual personagem feminina Aléxia escolheria para trabalhar durante uma semana. Sem pensar muito, ela cita a personagem Jo March (Saoirse Ronan), de Adoráveis Mulheres. “Sou extremamente apaixonada e me identifico muito com ela”, afirma.
Ao todo, Aléxia quer despertar abraço e conforto com suas poesias. Ela mostra que a vida é muita além do que finalizar ciclos e um renascimento é necessário a cada dia que passa. Assim, seus versos se transformam em forças e garras para lutar, se reerguer e vencer cada batalha da vida.
Ela é intensidade, ela é poesia, ela é arte, ela é Aléxia Porto, que por meio das suas obras leva consolo e abraço. Apresenta aos seus leitores uma escrita que é abrigo e toca o coração. O universo poético de Aléxia te dá forças para continuar e ela sonha em cada vez mais levar a arte para o mundo e fazer com que cada leitor se conheça e se encontre em suas histórias. Sua principal ferramenta é o amor. É falar de amor em todas as fases e ciclos da vida e enxergar a arte com os olhos mais belos. E, em cada verso, encontrar uma parte de nós. Com personalidade e mestria, ela conduz suas poesias e mostra que “somos tudo aquilo que consumimos, somos todos os livros que a gente lê.”
Escrito por: Duda Ribeiro.
Revisão por: Milly Ricardo.
Maravilhosa entrevista ,muito bem conduzida onde podemos conhecer esta bela autora nacional , parabéns por dar oportunidade a autores novos e tão talentosa.