O Carnaval acabou de passar e, como sempre, deixou no ar aquela energia única que só o axé tem. Comemorando 40 anos de história, o ritmo que invadiu as ruas e os corações de todo o Brasil não poderia deixar de ser celebrado com um olhar carinhoso para as mulheres que ajudaram a construir essa história.
O ritmo, que surgiu nas décadas de 1980 e 1990, se consolidou como uma força musical e cultural que transcende fronteiras, levando o espírito do carnaval e da festa para os quatro cantos do Brasil e do mundo. Além das grandes bandas e artistas que se destacaram, diversas mulheres desempenharam um papel crucial na consolidação do axé.
E sabe o que é mais incrível? Essas mulheres não foram apenas as vozes por trás dos hits que animam o carnaval até hoje, mas também as responsáveis por abrir caminho para futuras gerações de artistas. Então, neste aniversário de 40 anos do axé, vamos conhecer um pouco mais sobre aquelas que fizeram e ainda fazem a magia acontecer, com muito talento, coragem e, claro, aquela música que ninguém esquece!
Ivete Sangalo
Nascida em Juazeiro, na Bahia, em 1972, Ivete iniciou sua carreira nos anos 90 e rapidamente se tornou uma das maiores estrelas do axé e da música brasileira. Com uma voz inconfundível e uma presença de palco imbatível, ela estourou com hits como Sorte Grande e Berimbau Metalizado. Ivete quebrou recordes de público em seus shows, sendo a primeira brasileira a se apresentar no Madison Square Garden, em Nova York. Com mais de 25 anos de carreira, ela se tornou uma das artistas mais premiadas da música brasileira, conquistando fãs no Brasil e no exterior. Atualmente, continua em turnê, lançando novos trabalhos e mantendo seu reinado no cenário musical.
(Foto: Reprodução/Pinterest)
Daniela Mercury
Daniela Mercury, nascida em Salvador em 1965, é um dos maiores ícones do axé e da música popular brasileira. Iniciou sua carreira nos anos 80 e fez história ao se tornar a primeira mulher a comandar um bloco de carnaval em Salvador: o Camarote Bar Brahma. Com sucessos imortais como O Canto de Dona Sinhá e Swing da Cor, ela conquistou o Brasil e o mundo com sua energia contagiante e sua voz única. Além de sua carreira musical, Daniela tem se destacado como uma grande defensora da cultura afro-brasileira, da diversidade e da inclusão, quebrando barreiras e levando o axé para os palcos internacionais. Hoje, ela continua inovando, lançando novas músicas e se apresentando em grandes eventos ao redor do mundo, mantendo sua relevância e poder como uma das artistas mais influentes da música brasileira.
(Foto: Reprodução/Pinterest)
Margareth Menezes
Margareth Menezes, nascida em Salvador em 1962, é uma das vozes mais poderosas e icônicas do axé, sendo também uma das pioneiras desse gênero musical. Sua carreira começou nos anos 80 e logo se destacou pela fusão de ritmos afro-brasileiros e mensagens de empoderamento em suas canções. Hits como Festa e Meu Axé a consagraram como uma das artistas mais respeitadas da música brasileira. Ao longo de sua trajetória, acumulou prêmios e recordes, consolidando-se como uma referência no cenário musical. Além de sua carreira artística, Margareth tem se dedicado à promoção da cultura negra e ao trabalho social, buscando dar voz às questões sociais e culturais que considera fundamentais. Atualmente, ela continua em turnê e lançando novas músicas, sempre mantendo sua energia contagiante e sua voz única, cativando novas gerações de fãs.
(Foto: Reprodução/Pinterest)
Claudia Leitte
Natural de São Gonçalo, Rio de Janeiro, Claudia se mudou ainda criança para Bahia e começou sua carreira nos anos 2000 como vocalista da banda Babado Novo. Após sua saída do grupo, se lançou em carreira solo e se tornou uma das grandes estrelas do axé, com sucessos como Extravasa e Beijar na Boca. Ela se destacou não apenas por sua voz, mas também por sua habilidade em conectar-se com o público e se reinventar musicalmente. Claudia também é conhecida por ser a primeira artista brasileira a se apresentar no The Voice americano. Hoje, segue realizando shows e trabalhando em novos projetos musicais.
(Foto: Reprodução/Pinterest)
Alinne Rosa
Nascida em Salvador, Alinne Rosa começou sua carreira ainda jovem, integrando a banda Cheiro de Amor nos anos 2000. Em sua carreira solo, conquistou sucesso com músicas como Vem, que eu te adoro e Lero Lero. A cantora baiana é conhecida pela mistura de axé com outros ritmos brasileiros e internacionais, mantendo sempre a energia contagiante nos palcos. Alinne também se destaca como empresária e continua se apresentando por todo o Brasil, mantendo sua presença no cenário musical.
(Foto: Reprodução/Pinterest)
Sarajane
Natural de Aracaju, Sergipe, Sarajane começou sua carreira nos anos 80 e logo se tornou uma das vozes mais queridas do axé, com músicas como A Roda, Mora no Coração e Voltar. Sua trajetória é marcada por uma combinação de pop, reggae e axé, conquistando o público com seu estilo único. Embora tenha tido uma participação mais discreta nos últimos anos, Sarajane continua sendo um nome importante na história do gênero e mantém um legado de resistência e paixão pela música.
(Foto: Reprodução/Wikimedia Commons)
Mari Antunes
De Salvador, Mari Antunes é a vocalista do grupo Babado Novo desde 2009. Desde sua entrada no grupo, ela tem sido responsável por levar o axé a novos públicos, com sucessos como Solitária e Se é Amor. Mari também é conhecida por sua energia no palco e sua voz marcante, o que fez dela uma das principais representantes da nova geração do axé. Ela segue na estrada, com lançamentos de músicas novas e shows espalhados por todo o Brasil.
(Foto: Reprodução/Pinterest)
O axé, mais do que um gênero musical, é um movimento cultural, misturando influências do samba, reggae e música afro. Ele se tornou a trilha sonora para além do Carnaval e uma importante força econômica, gerando empregos e atraindo turistas, além de reforçar a identidade afro-brasileira. Cantoras como Ivete Sangalo, Daniela Mercury e outras ajudaram a consolidar esse legado, abrindo portas para novas gerações e ampliando o alcance da música brasileira no mundo. Apoiar essas artistas e o axé é valorizar nossa cultura, garantir a continuidade desse movimento e fortalecer a música nacional. Essas mulheres, com sua força e talento, continuam a inspirar e a deixar uma marca duradoura na história musical do Brasil.
Escrito por: Júlia D’Ávila.
Revisado por: Júlia Castro.
