Para o Especial das Autoras de hoje, entrevistamos Sabrina Almeida para conhecer seu mundo literário coberto de romances sobre mulheres fortes e reais. Fica com a gente e descubra tudo o que rolou durante a exclusiva com a autora.
(Foto: Reprodução/Arquivo Pessoal)
Diretora de marketing de uma empresa de cosméticos, Sabrina conta que um dia quer viver só da escrita. Ela fala que uma de suas motivações para escrever vem do seu trabalho na empresa, que tem um propósito de transformar a vida das pessoas.
A autora explica como começou sua trajetória na escrita. “Quando eu comecei a escrever, estava na Natura. A minha carreira de marketing é exatamente o que acontece nos meus livros. Passei por agência, mercado financeiro e fui para o segmento de beleza, lá conheci muitas mulheres que me inspiraram muito. Fiz muitas pesquisas para entender a relação da mulher com a beleza e maturidade da mulher em relação a independência financeira. Eu fiz esses estudos em perspectivas de culturas diferentes, fiz com mulheres de periferias aqui no Brasil, mulheres de alta classe no México e Colômbia”, disse. “Essas conexões que eu fui criando com as mulheres foram me inspirando a colocar no meu livro as trajetórias e histórias delas”, completa.
A autora carrega em suas histórias muita personalidade. E afirma que escreve histórias de mulheres para ajudar outras mulheres. “Eu escrevo sobre mulheres fortes e empoderadas, mas que são humanas, cheias de falhas e inseguranças. Eu acho lindo contar o processo de transformação delas. De alguma forma eu me realizo nelas, eu me encorajo”, ressalta.
Diante disso, Sabrina destaca uma frase do seu livro Derretendo como chocolate: “Por que você vai se contentar só com um pedacinho do mundo se você pode ter o mundo inteiro?”. Assim, a autora fala que por meio das suas histórias quer convidar as pessoas a verem além daquele universo que elas acreditam que é o universo delas.
De todas as personagens que já escreveu, Sabrina é específica ao dizer que Clarissa, de Derretendo como chocolate, é tudo que ela queria ser, mas não é a que ela mais se identifica. “Eu queria ser mais firme, dona de mim. Tem uma personagem que é parecida com a Clarissa e que eu também queria ser, que é a Lara, de ‘Três vezes amor’. Ela é objetiva, sabe o que quer e eu tenho me tornando essa mulher”, revela. “A Clarissa e a Lara me ensinaram muito sobre isso”, acrescenta.
(Foto: Reprodução/Arquivo Pessoal)
A Julietta quis saber qual personagem feminina Sabrina trabalharia por uma semana. “Eu trabalharia com a Emily (Lily Collins), de ‘Emily em Paris’. Eu tenho bastante da Emily”, afirma.
Sobre seu processo criativo, Sabrina fala que não é nada romântico. “Eu não tenho muito planejamento. Eu vou construindo as histórias por meio das cenas que eu queria escrever. Então vou escrevendo toda a história até chegar naquela cena”, conta.
Uma música que define a vida de autora de Sabrina é “A lua que eu te dei”, de Herbert Vianna. A escritora destaca essa parte da canção: “Sei que não há no mundo quem possa te dizer que não é tua a lua que eu te dei para brilhar por onde você for”. Sabrina também acrescenta “Never Be Alone”, do Shawn Mendes, e diz que define muitos os mocinhos das suas histórias.
A escritora também nos falou acerca do Projeto Especial das Autoras e contou o que achou da proposta. “Eu achei maravilhoso! A literatura nacional precisa ter mais espaço. Temos um mercado dominado por literatura estrangeira, mas cheios de consumidores de livros e romances. A brasileira é sonhadora, então a partir do momento que você tem a possibilidade de trazer a perspectiva de uma mulher brasileira falando de um jeito parecido de como a história é contada na literatura estrangeira e tem canais que dão acessos a essas autoras para falarem de suas obras, a gente começa a abrir um espaço para a literatura nacional que se conecta com o coração de uma mulher que já é consumidora de romance”, acrescenta com empolgação.
Um sonho como escritora, Sabrina fala desejar que seus livros sejam lidos por todas as mulheres que amam romance. “Eu queria ser citada e falada junto da Júlia Quinn, Ali Hazelwood e J.k. Rowling, eu queria ser falada como essas mulheres são”, afirma.
“Eu queria muito viver do livro, queria muito assinar um contrato com uma editora que falasse a língua dos meus livros e que combinasse comigo. E assim ter mais força de divulgação. Esse é o meu maior sonho”, completa.
Sabrina falou sobre seu primeiro processo de publicação.“Eu acho que ele é dividido em duas partes: a primeira parte é da teimosia. Eu acreditava que uma editora grande ia me publicar. Passei 4 anos tentando, mas não tive muita sorte porque foi no momento que começou a pandemia. Mas eu segui insistindo, fiz Press Kit e mandei para as editoras. Uma editora me respondeu e disse que não podia receber aquelas coisas, pois os autores entram a partir dos agentes literários. Voltei à estaca zero”, disse. Com 7 livros publicados, Sabrina conta que foi atrás de uma editora que publica livros independentes e fez todo o seu processo.
A escritora citou quais autoras ela gostaria que comentassem as suas obras. Ana Huang e Ali Hazelwood e Paola Aleksandra estão na lista!
“As pessoas que estão com você na trincheira importam mais que a própria guerra”, A autora carrega essa frase e se mostra uma pessoa amiga, evidenciando o valor da amizade . Ela destaca, nos seus livros, a importância dessa relação para fortalecer o amor.
Uma escritora por natureza e completamente apaixonada pelas histórias e pelas relações humanas, Sabrina fala que isso te move no mundo literário. Romântica e criativa, ela mostra personalidade nas suas obras que buscam levar as mulheres a despertarem seu melhor lado e descobrir que há um mundo de possibilidades para elas. Para Sabrina, a gente não pode se despedaçar para deixar os outros inteiros. Mais do que uma leitura, seus livros são transformação e carregam, em cada página, a força, a coragem e o amor de mulheres reais e que merecem ser lidos e relidos. Esse é o universo de Sabrina Almeida!
Mais dos livros de Sabrina Almeida:
Escrito por: Duda Ribeiro.
Revisão por: Milly Ricardo.