Querida, curiosa e amada leitora,
Espero que este texto te encontre bem. Hoje eu gostaria de lhe contar uma história, uma história sobre uma das minhas criadoras; uma história sobre como eu nasci e cheguei até você.
Com o Natal se aproximando e o fim do ano batendo à nossa porta, reconheço que as frustrações podem se tornar empecilhos para o nosso crescimento posterior. Esta crônica, em específico, é mais um carinho para o seu coração. Quero compartilhar sobre o dia em que eu nasci, sobre a coragem que foi colocada em cada parte da minha criação.
De quatro estudantes de jornalismo com personalidades diferentes, eu surgi. A número um — e elas serão numeradas de acordo com a sua entrada — sempre tentou criar algum blog, algo que falasse sobre livros, em que ela pudesse escrever. Com o passar dos anos, a sua paixão por comédias românticas foi crescendo, e a ideia de aplicar isso no seu dia a dia cresceu com intensidade e rapidez no momento em que ela se viu diante da prática jornalística — e ela nem sabia se realmente era isso que queria.
Em um dia destinado, as criadoras número um e número dois se conheceram, e a número um gostou da número dois de cara. Foi uma espécie de conexão bilateral, que uniu naturalmente. Encorajada por uma colega da faculdade, a criadora número um convidou a criadora número dois para criar uma revista com ela. Em poucos dias, eu já era uma bebê recém-nascida.
Minha criadora número dois leva muito jeito para reportagens e entrevistas, apesar de ser tímida. Ela é sucinta em seus textos e equilibra muito bem seus sonhos e a realidade. Por conta dela, eu cheguei à minha “terceira mãe”, que é a mais diferente de todas.
A criadora número três é decidida, tem cara de brava e um coração mole como maria mole. Ela é um amorzinho. Foi por conta dela que a criadora número quatro entrou e completou a minha criação. A criadora número quatro lembra bastante a criadora número um em gostos. As duas se tornaram melhores amigas. E talvez sejam as que mais trabalham juntas, uma diretamente com a outra.
Para você estar lendo essa matéria e chegar até aqui, foi preciso que a criadora número um tivesse uma ideia mirabolante para criar portfólio de trabalho. Foi preciso que as quatro juntas decidissem se o meu nome permaneceria, contratarem uma empresa para fazer minha identidade visual e muito esforço durante três meses, noventa e nove por cento sozinhas, para que algumas pessoas se apaixonassem pela minha essência, pela minha história e pela minha identidade.
Decidi compartilhar isso com você, minha amiga querida, minha leitora, porque hoje é segunda-feira, dia em que dizemos que vamos começar algo novo. Sabemos bem que não devemos levar isso a sério, porque todo dia é dia de começar. Independente de qual seja. E apesar de ser segunda-feira, eu acredito que você chegou até aqui por uma razão.
Se esse texto te encontrou, é porque está na hora de arriscar, sentir que está passando vergonha e começar a investir em você mesma bem aqui, no presente do seu dia. Não espere o momento certo, querida leitora, apenas comece. Comece para que você cresça, floresça e colha lindas flores e frutos deliciosos no futuro. E se você não sabe por onde começar, estou aqui para te ajudar.
Se percebendo para conhecer as necessidades do presente
Você pode não saber ainda o que deseja plantar, mas existem coisas pequenas que podem ajudá-la a perceber estas necessidades dentro de você. O primeiro passo é se perceber, identificar o que está sentindo, e o que pode tirar disso.
Eu recomendo que você pegue uma água, fresca ou gelada de acordo com a sua preferência, escolha um lugar tranquilo, como o quintal, a praia ou o chão do seu quarto e encare o ambiente ao seu redor. Encare o céu e se permita entender quais sentimentos negativos estão te assombrando. Deixe um pedaço de papel e uma caneta ao seu lado. Se certifique de entender e respeitar o som ambiente, ou colocar um som de natureza bem baixinho no celular, sempre optando pelo que a natureza nos oferece. Comece a rabiscar palavras soltas, adjetivos, sensações ou sentimentos. Escreva frases completas ou desenhe. Se permita cuidar de si mesma por um instante.
Feche os olhos, pense em um fundo completamente branco, ou em nada, se conseguir. Respire fundo por trinta segundos e abra os olhos. Se a mente não te permitir, pense em momentos de alegria e felicidade. Abra seus olhos depois de contar até trinta e afaste o papel, o analisando com cuidado.
O que você pode fazer para aprimorar ou afastar o que você anotou? Responda essa pergunta com diversas opções até encontrar um novo hábito que te ajude. Tenha fé, coragem em si mesma e arrisque. Querida leitora, acredito que vai crescer muito desse jeito.
Com amor, sua Julietta.
Escrito por: Ana Clara Reis.