A moda vintage e a ascensão dos brechós nos dias atuais

A quarta rosa de hoje irá se misturar um pouco com o sentimento de nostalgia e resgate ao passado. Sabe aquelas peças clássicas do seu armário que, não importa quanto tempo passar, ela sempre será perfeita para combinar e construir um look? Pois bem, são exatamente estes itens e tendências atemporais que compõem a moda vintage. Este estilo em específico busca sobretudo relembrar estilos de décadas anteriores e mostrar sua importância no universo fashion hodierno.

Além disso, se engana quem acha que o vintage está preso apenas as roupas em si. No geral, a moda está ligada aos modelos, tecidos, acessórios – tudo que faça o indivíduo remeter a um período e, de certa forma, contar uma história por meio dele. Atrelado a esta temática, temos a ascensão dos brechós.  

Com certeza você já ouviu alguma blogueira falando destes lugares e usando termos como “garimpar” para ir atrás de roupas vintage, com aspecto coringa e clássico. Este hábito que vem crescendo se opõe as propostas do fast fashion dos dias atuais – no qual o que vestimos se torna cada vez mais rápido de ser descartado. A ação de ir a uma dessas lojas e conseguir escolher peças reutilizadas, além de incrementar o passado no presente, é usar a criatividade para reinventar.

O fenômeno do aumento da visibilidade dos brechós não está apenas ligado à busca por alternativas sustentáveis, mas também à valorização de narrativas únicas. Cada peça de roupa ou objeto tem uma história própria, uma jornada que vai além muito além das prateleiras. Ao escolher comprar em um brechó, as pessoas se conectam com a humanidade por trás dessas peças, dando uma segunda vida e um novo significado.

Além disso, esses espaços têm desempenhado um papel crucial na promoção da diversidade de estilos e tamanhos. Ao contrário das grandes cadeias de moda, os brechós muitas vezes refletem a individualidade de quem os frequenta. Essa diversidade de opções não apenas atende a diferentes preferências de moda, mas também celebra a beleza da autenticidade e da expressão pessoal.

(Foto: Reprodução/avidanocentro.com)

Ao explorar essa tendência, você não apenas vai encontrar peças únicas e acessíveis, mas também contribui para a economia local. Esses estabelecimentos muitas vezes são pequenos negócios gerenciados por empreendedores locais, que desempenham um papel vital na comunidade. Portanto, optar por comprar em brechós não é apenas uma escolha sustentável, mas também uma maneira de apoiar negócios locais e fortalecer os laços comunitários.

Para entender melhor, trouxemos o exemplo das empreendedoras Siomara Leite e Danielle Kono – fundadoras da marca Brechó Agora é Meu. Em relato para o site Sua Franquia, as mulheres explicam como adentaram no mercado têxtil com a proposta do brechó e como está sendo a importância deste tipo de estabelecimento.

“Abraçamos a causa por uma moda mais sustentável, que é um movimento que só cresce. Por um preço mais acessível, vendemos um look completo, totalmente alinhado à sustentabilidade têxtil […] Independente da classe social de quem compra, é uma ótima maneira de ter peças semi-novas e ainda cooperar com a economia e com a moda circular [..] não queremos somente vender, e sim plantar uma sementinha na cabeça de cada de que é possível se vestir bem com peças usadas.”

Em um mundo cada vez mais consciente e interconectado, os brechós emergem como pontos de encontro, onde a moda se entrelaça com histórias humanas. Ao abraçar essa abordagem humanizada, os brechós não são apenas lojas, mas espaços que promovem a singularidade, a sustentabilidade e a conexão com as pessoas e suas histórias, dando um novo significado à moda e ao consumo.

Escrito por: Letícia Guedes e Anna Miranda.

Repost: 21/02/2024.

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