A representatividade negra está cada vez mais presente no cinema. Seja nos atores, diretores, roteiristas e até em histórias do povo negro. Ver cada dia mais negros nas telas do cinema ou por trás das câmeras é uma conquista diária. No #SextouComCinemou de hoje, selecionamos 4 cineastas negras que você precisa conhecer e admirar.
Confira abaixo as mulheres que estão por trás de toda a trama e que mostram poder e representatividade nos bastidores.
Ava DuVernay
(Foto: Reprodução/Pinterest)
Ava Marie DuVernay, de 51 anos, é uma diretora, roteirista, publicitária e distribuidora de filmes norte-americanos. Iniciou sua carreira no cinema em 2006 com o curta “Saturday Night Life” e os documentários “This is the Life” (2008) e “My Mic Sounds Nice: The Truth About Women in Hip-Hop” (2010). Em 2012, a cineasta norte-americana foi a primeira mulher negra a ganhar o prêmio de “Melhor Direção” no Festival Sundance de Cinema pelo trabalho em seu segundo longa-metragem: “Middle of Nowhere”.
Ava também se tornou a primeira diretora negra a ser nomeada para um Globo de Ouro (nas categorias “Melhor Direção” e “Melhor Filme Dramático”) e para o Oscar de “Melhor Filme”, ambos por seu trabalho em “Selma” (2014).
O currículo da cineasta ainda conta com a direção da minissérie “Olhos que condenam” (2019), feita em parceria com a Netflix e que recebeu 11 indicações ao Emmy. Por fim, o documentário “A 13° emenda”, disponível também na Netflix, foi indicado ao Oscar de “Melhor Documentário em Longa-metragem”.
Dessa forma, Ava DuVernay ficou conhecida por se tornar a primeira mulher negra no audiovisual a alcançar patamares e visibilidade. Mas, ela destaca que não será a última.
Kasi Lemmons
(Foto: Reprodução/Pinterest)
Kasi Lemmons, 62 anos, é uma cineasta, diretora e atriz estadunidense. Em 2019, lançou sua maior obra: a cinebiografia Harriet. O filme recebeu indicações ao Oscar nas categorias de “Melhor Atriz”, com Cynthia Erivo, e “Melhor Canção Original”, com a música “Stand up”. Sua reprodução de maior bilheteria conta a história da abolicionista Harriet Tubman. Kasi também dirigiu alguns episódios de “Luke Cage” (2016), em parceria com a Netflix, e a minissérie “A Vida e a História de Madame C.J. Walker” (2020). Em 2021, a diretora assumiu a direção da cinebiografia de Whitney Houston, intitulada “I wanna dance with somebody”, ela substituiu Stella Meghie.
Nia DaCosta
(Foto: Reprodução/Pinterest)
Nia DaCosta é roteirista e diretora norte-americana de 34 anos. Ela é a diretora mais jovem e a primeira mulher negra a dirigir um filme da Marvel Studios. Ela é responsável por “As Marvels” (2023). Seu primeiro filme foi o curta-metragem “Night and Day” (2013). Em 2018, ela lançou o primeiro longa da carreira: “Little Woods” (2018), que reúne drama, suspense e narrativa policial. O sucesso de Nia chamou atenção do cineasta Jordan Peele, um dos grandes ativistas da causa negra do cinema norte-americano. Ela convidou Nia para dirigir o reboot de “A Lenda de Candyman”, lançado em 2021. Assim, Nia se configura como gigante na representatividade.
Melina Matsoukas
(Foto: Reprodução/Pinterest)
Melina Matsoukas, de 42 anos, começou a sua carreira como diretora de vídeos musicais, inclusive da cantora Beyoncé. Ao longo dos anos, Melina foi se consolidando no mercado do cinema preto como diretora. Em 2019, dirigiu seu primeiro longa-metragem: “Queen & Slim”. E desde 2016 atua na direção da série “Insecure”.
Quando se trata da sua carreira de diretora de vídeos musicais, Melina dirigiu as produções musicais de “Lemonade” (2016) e “B’Day Anthology” (2007), para a cantora Beyoncé. E “We found love” (2011) para Rihanna.
Quanto aos prêmios, a diretora ganhou o Grammy Award de “Melhor Clipe”, Webby Award for Advertising & Media – Video Ad Longform.
Ela recebeu indicações para o America Award por “Melhor Direção” (2020) no filme “Queen & Slim”, “Melhor Direção” de Série Cômica (2017) em “Thanksgiving”, NAACP Image Award por “Melhor Direção” em Série de Comédia em “Insecure” (2016).
Escrito por: Duda Ribeiro.
Revisão por: Milly Ricardo.