No cenário dinâmico da moda, o movimento eco-friendly tem se destacado, guiando designers e consumidores em direção a uma abordagem mais consciente e sustentável. Sob o guarda-chuva da moda sustentável, diversas tendências eco-friendly emergem como pilares dessa transformação, desafiando a indústria a repensar seus métodos.
Entre essas inovações, destacam-se materiais reciclados, tecidos orgânicos e a prática do upcycling, que promovem um casamento harmonioso entre estilo e responsabilidade ambiental.
Materiais Reciclados: A Resposta à Poluição Têxtil
Marcas visionárias têm repensado a fonte de seus materiais, optando por alternativas recicladas. O denim reciclado, por exemplo, fabricado a partir de garrafas plásticas descartadas, é uma estrela ascendente nesse movimento. Grandes grifes, como Levi’s, incorporam essa prática, na qual resíduos são transformados em peças de alta qualidade, destacando que a elegância pode coexistir com a sustentabilidade.
Tecidos Orgânicos: Da Terra para o Guarda-Roupa
A ascensão dos tecidos orgânicos é um capítulo essencial na história da moda sustentável. Algodão cultivado sem pesticidas e fibras naturais se tornam escolhas conscientes para marcas comprometidas com a preservação ambiental. Nesse contexto, a grife sueca H&M adotou o uso de algodão orgânico em suas coleções que se torna um exemplo marcante de como a moda pode ser gentil com o planeta.
Upcycling: Transformando o Velho em Novo
O upcycling surge como uma resposta criativa ao desperdício têxtil. Marcas líderes, como a renomada estilista Stella McCartney, abraçam a prática de transformar peças antigas em novas criações, e oferecem uma segunda vida às roupas. Essa abordagem não apenas reduz o impacto ambiental, mas também destaca a beleza única de peças revitalizadas.
Líderes da Moda Sustentável
- Sarah Bellos
Sarah é conhecida no setor de tingimentos na indústria da moda sustentável. O processo de tingir peças e produtos libera diversas substâncias químicas e tóxicas que são altamente poluentes. Diante dessa realidade, ela fundou a “Stony Creek Colors” e a empresa desenvolveu o corante índigo natural derivado de plantas.
- Stella McCartney
Desde 2001 Stella faz a diferença com a sua marca de roupa que traz os pilares da sustentabilidade e atemporalidade. Nos anos 90, ela se mostrou contra a tendência de roupas de couro animal e pele, e declarou várias vezes ter interesse em mudar essa realidade, porém esse tipo de discurso era ridicularizado na indústria da moda.
A designer ao longo dos anos buscou novos materiais que tivessem uma composição diferente e apostou em fibras à base de algas marinhas e inovou com o couro de cogumelo da Bolt Threads.
- Flávia Aranha
A estilista foi uma das pioneiras da moda sustentável no Brasil. Flávia faz questão de viajar ao redor do país para investigar novas matérias primas mais limpas, aprendeu sobre processos químicos e botânica. Desde cedo ela entendeu que cuidar dos negócios e do planeta precisavam estar na mesma linha.
- Comet Chukura
Comet Chukura é uma designer britânica que carrega várias pautas importantes que são aplicadas dentro da sua marca Glow que vão além da sustentabilidade. Em parceria com grupos de mulheres e instituições de caridade, as peças são todas feitas à mão por mulheres negras, asiáticas, minorias étnicas e refugiadas.
O produto número um da marca são acessórios de malha reflexivos, como gorros e cachecóis, que foram pensados para o uso de ciclistas no inverno.
- Sally Fox
Ela é a inventora e fundadora da FoxFibre e da empresa Natural Cotton Colors Inc. Sally foi responsável por patentear o algodão sustentável e orgânico. A espécie já nasce com cor, com uma tonalidade bege, sem qualquer toxina.
Escrito por: Anna Miranda e Ana Vitória Pantoja.
Repost: 06/02/2024.