Olá, Julies! Vocês já se depararam com esse tipo de vídeo passando pela sua timeline do YouTube? Hoje vim trazer uma breve reflexão sobre o termo “romantização” e como as blogueiras têm associado essa palavrinha cada vez mais com o famoso “aesthetic”.
Segundo o dicionário, “romantizar” significa idealizar algo de forma exagerada, atribuindo um encanto muitas vezes inexistente. E é exatamente isso que temos visto em muitas postagens nas redes sociais: rotinas impecáveis, manhãs produtivas regadas a matcha, diários escritos com canetas de ponta fina e looks perfeitos. Tudo embalado em uma trilha sonora relaxante e uma edição impecável.


Mas será que a vida real é assim?
A romantização excessiva do cotidiano e da moda pode criar uma falsa sensação de que precisamos estar sempre em nossa melhor versão, transformando cada momento simples em uma experiência “instagramável”. O problema é que essa estética pode, muitas vezes, camuflar uma realidade menos glamourosa, fazendo com que a gente se cobre além do necessário para alcançar um ideal que, na verdade, não existe.
Não me entenda mal, não há nada errado em gostar de registrar e compartilhar os momentos bonitos da vida. O perigo está quando essa curadoria visual se torna um filtro sobre a realidade, nos levando a consumir conteúdos que nos fazem sentir insuficientes.
É aqui que entra a importância de desromantizar um pouco a vida e buscar conteúdos mais reais, mais humanos. Precisamos lembrar que nem todo dia estamos no mood fashionista, e está tudo bem! Nem sempre acordamos inspiradas para compor um look digno de um feed perfeito.


Há dias em que só queremos vestir um moletom confortável e sair sem maquiagem – e isso não nos torna menos estilosas. A moda deve ser uma ferramenta de expressão, não uma prisão estética.
Por isso, que tal começar a seguir criadores de conteúdo que mostram a vida como ela realmente é? Pessoas que repetem roupas, falam sobre compras conscientes, sobre fracassos, desafios e conquistas sem um filtro de perfeição. Consumir esse tipo de conteúdo pode ser libertador e nos lembrar que não estamos sozinhas em nossas imperfeições.
Então, Julietta, que tal desacelerar um pouco, deixar de lado a pressão de ter uma rotina perfeita e abraçar a beleza do real? A vida já é bonita do jeito que é – sem precisar de filtros ou trilha sonora.
Mas me conta, já sentiu essa cobrança por uma vida “perfeita” nas redes sociais?
Escrito por: Nathalia Orlando.
Revisado por: Letícia Guedes.