Nesse domingo com gostinho de café com bolinhos, te convido a viajar no mundo literário, começando por ele, o clássico dos clássicos: Nárnia! Ao abrir um guarda-roupa antigo, quem poderia imaginar a descoberta de um mundo mágico repleto de criaturas fantásticas, batalhas épicas e lições?! É exatamente isso que a série literária As Crônicas de Nárnia, de C.S. Lewis, oferece: um portal para um lugar encantador que vai além de gerações e continua a cativar leitores e espectadores ao redor do mundo.
Publicada entre 1950 e 1956, a coleção de sete livros é considerada uma das maiores obras de fantasia de todos os tempos. Embora destinada inicialmente ao público infantil, sua narrativa rica em simbolismos, dilemas morais e temas universais atraiu leitores de todas as idades até os dias atuais. De “O Leão, a Feiticeira e o Guarda-Roupa” a “A Última Batalha” cada volume mergulha os leitores em aventuras que são tanto emocionantes quanto reflexivas.
Feche seus olhos, se imagine abrindo a porta do Guarda Roupa, dando os primeiros passos, e, finalmente, se imagine em Nárnia; aquele lugar onde a fantasia ganha vida. Habitantes como faunos, centauros e animais falantes convivem em um cenário que mistura elementos mitológicos com a criatividade única de Lewis. Mas a verdadeira força da série está em seus personagens. Os irmãos Pevensie – Pedro, Susana, Edmundo e Lúcia – são exemplos de protagonistas com personalidades complexas que enfrentam desafios, tanto no mundo mágico quanto dentro de si mesmos.
O leão Aslam, uma das figuras mais marcantes da literatura fantástica, representa não apenas liderança e coragem, mas também sacrifício e redenção. Ele é o coração de Nárnia, guiando os personagens (e os leitores) por jornadas de autodescoberta e transformação.
A série aborda temas como o poder do perdão, o valor da coragem e a importância de acreditar em algo maior do que nós mesmos. O sacrifício de Aslam em O Leão, a Feiticeira e o GuardaRoupa é uma poderosa metáfora de redenção, enquanto o arco de Edmundo mostra que até mesmo os erros mais graves podem ser superados com arrependimento e amor. Lewis também explora questões como lealdade, honestidade e a luta entre o bem e o mal. Embora algumas dessas lições sejam inspiradas na fé cristã do autor, elas se apresentam de forma universal, permitindo que cada leitor as interprete à sua maneira.
O sucesso da narrativa única e cativante do autor resultou em um sucesso sem igual, fazendo a franquia ganhar vida no cinema com adaptações iniciadas em 2005, trazendo um novo público para o universo criado por Lewis. O impacto cultural é evidente: frases, personagens memoráveis e cenários como a neve eterna do reino da Feiticeira Branca continuam a nos arrancar suspiros, tendo o poder de nos tele transportar da sala de casa até Nárnia. Que lindo o poder da leitura, não?
Além do sucesso na época, segue sendo um fenômeno até os dias atuais! A atemporalidade de Nárnia reside em sua simplicidade: uma história de fantasia que fala diretamente ao coração humano. Quem nunca sonhou em escapar para um mundo mágico, onde tudo é possível? Quem nunca quis acreditar que, mesmo nos momentos mais sombrios, há esperança e luz?
C.S. Lewis criou algo mais do que um universo fictício; ele nos ofereceu um espelho para refletir sobre quem somos e o que valorizamos. Entre batalhas épicas, amizades improváveis e momentos de autossacrifício, aprendemos que a verdadeira magia não está em varinhas ou encantos, mas na coragem de fazer o que é certo, mesmo quando é difícil. Nárnia não é apenas um lugar. É um convite para explorarmos o extraordinário, para acreditarmos no impossível e, acima de tudo, para nos conectarmos com as lições que tornam nossas próprias histórias mais.
Mas, afinal, tem como trazer ensinamentos de um livro para nossa vida diária? A Juju te responde: Sim
Além de ser uma escapada literária, Nárnia oferece lições práticas para o cotidiano. As batalhas travadas pelos personagens são reflexo das lutas que enfrentamos em nossas próprias vidas. A busca de Lúcia por bondade, a jornada de Edmundo pelo perdão, o senso de liderança de Pedro e a sabedoria de Susana são atributos que podemos aplicar em nossos próprios desafios.
E o que dizer de Aslam? Sua presença serena nos ensina sobre a importância de confiar em algo maior, mesmo quando o caminho parece incerto. Sua frase emblemática, “Coragem, querido coração”, ecoa como um lembrete de que, mesmo em tempos difíceis, a força interior é o que nos mantém em movimento.
Por fim, As Crônicas de Nárnia não são apenas uma série de livros. Elas são uma jornada. Um convite para acreditar no possível dentro de um cenário impossível, enfrentar nossos medos e redescobrir o extraordinário dentro de nós mesmos. E, como qualquer bom explorador sabe, o guarda-roupa nunca está realmente fechado – sempre haverá uma porta aberta para Nárnia, esperando por quem tiver coragem de entrar.
Escrito por: Isabella Lugon.