Um dos principais benefícios da leitura é nos levar a um estado de relaxamento mental. Quando entrei para a faculdade de Jornalismo, minha atenção com a grafia se redobrou. Nisso, passei um longo período com dificuldade para ler qualquer tipo de texto longo demais — e isso inclui qualquer texto com mais de três linhas. Foi como se eu perdesse parte de uma das atividades que mais me fazia bem: a leitura.
Com um pouco de disciplina, comecei a me esforçar para reincorporar essa prática na minha rotina — uma rotina agitada, lotada de coisas para se fazer e que deixava o meu cérebro com uma sensação — não literal — de borbulhação. E eu não tenho certeza se essa palavra existe.
Quando meu emocional fica abalado e minha cabeça já está cheia, a ansiedade toma conta de mim. Com alguns anos de terapia na adolescência e início da juventude, aprendi a controlar alguns dos sintomas que surgem de maneira inesperada — e isso me ajudou a reconhecer os gatilhos que poderiam me levar a ter uma crise mais forte ainda.
Eu não quero que você considere esse texto como “apenas mais uma lista com técnicas que eu não vou seguir”. Não. Quero que considere esse texto como um bate-papo de amigas. Melhores amigas. Eu, você e a Julietta. Porque tudo o que eu e a Julietta mais queremos é te ver bem!
- Beber um copo gelado de água.
Eu sei, parece uma idiotice. Mas não é. A água gelada é excelente para nos acordar, e gosto da ideia de “jogar uma água na cara” ou no pescoço. E ainda mais se ela for na garganta. Essa é uma daquelas coisas que não precisa fazer sentido para todo mundo, só para você. Beber água gelada é uma das coisas que me traz ideia de paz, de calma, de renovo. Porque me lembra da sensação refrescante e confortável que é sair de um banho delicioso. Como eu falei, não é para fazer sentido. É só para fazer. E percebi que realmente acreditava nessa técnica quando passei a recomendar isso para amigos que estavam mal. Eu sei de uma vez em que deu certo. No final, é isso que vale: ajudar pelo menos uma pessoa.
Mas um copo de água serve? Não sozinho.
Aa redes sociais nos influenciam de um jeito que começamos a pensar que só podemos fazer uma coisa específica ou viver uma situação se tivermos tudo aquilo que estão nos apresentando. Um exemplo disso são os dois próximos itens que irei recomendar.
- Um bom skincare.
Olha, não posso sair recomendando receitinhas aleatórias que eu faço ou já fiz porque a chance de virem me cancelar por “estar indicando algo que agride a pele e pipopopopó” e, de fato, ser uma comunicadora ruim por isso, prefiro não arriscar. Porém, se levarmos em consideração que cada pessoa tem um tipo de pele e um tipo de necessidade fisiológica, nem tudo seria indicado, de qualquer maneira.
Muitas vezes deixei de salvar um vídeo ou de tentar algo porque pensava: “ah, mas eu preciso de tal produto e mesmo com dinheiro para comprar, eu não o terei agora na minha mão”. Parece um pensamento bobo, né?! Mas bem comum. E que aconteceu mais de uma vez.
Se por alguma razão você se identificou comigo, aí vai uma dica: tenha sempre um dinheiro guardado, mesmo que seja vinte, quinze ou dez reais por mês, separado em um lugarzinho especial. No sutiã, na carteira, num envelope ou na conta poupança. Com esse dinheiro, que pode ser conquistado mensalmente de pouquinho em pouquinho, você sempre terá algo para comprar os produtinhos naqueles dias em que, por acaso, acaba passando por uma loja legal.
- Banho premium.
Como eu comentei no tópico acima, não precisamos dos melhores produtos para fazermos algo. Podemos começar com o básico, até termos condições de adquirirmos o restante. Para o banho premium, você pode acender a lanterna do seu celular, usar um sabonete cheiroso — a junção de ambos pode substituir uma vela aromática — e colocar uma música legal. Apagar a luz e tomar aquele banho gostoso a “luz de velas — ops, de lanterna”.
Mesmo que o seu shampoo seja barato; seu esfoliante esteja quase acabando ou você só tenha um sabonete em barra. Se você entender que aquilo ali já é o suficiente para começar, vai começar a criar um hábito; uma necessidade. Que aos poucos pode ser atendida.
- Colocar uma música bem alta para começar a dançar — em seu próprio quarto.
É um tópico meio autoexplicativo. Tem momentos em que o que mais precisamos é extravasar. Você pode escolher um momento em que não há ninguém em casa para cantar bem alto — desafinada mesmo —, dançar pelada ou de pijama pela casa, ou se trancar no quarto e fazer a mesma coisa. Se imagine em um palco, cantando para o seu crush fictício, estrelando uma cena icônica de uma fanfic tal como “Starstruck: Meu Namorado é uma Superestrela”. - Ir para um lugar isolado e gritar bem alto.
Já viu aquelas cenas de filme em que as personagens vão para um lugar alto e gritam toda raiva, todo sentimento dentro de si?! Pois é! Para quem tem a oportunidade de ir à shows, gritar bem alto naquela música que você ama pode ajudar nisso. Mas gritar em lugares isolados, como uma praia vazia, pode servir também. Use essa dica com moderação, aliás. - Ler as matérias da Julietta.
Calma, eu não estou sendo prepotente nem nada do tipo. Eu só tô aqui para dizer que trocar notícias ruins ou tristes, como as dos jornais tradicionais logo pelas manhãs — que tem grande influência no seu emocional — por uma matéria bobinha, alegre e que aqueça seu coração pode ajudar bastante! Não estou dizendo para você deixar de consumir o que consome, apenas para se nutrir de coisas positivas antes de deixar as negativas adentrarem sua mente, corpo, alma e coração!
É claro, essas dicas me ajudam bastante. Podem não servir totalmente para você, mas ao decidir tentar com alguma delas, poderá descobrir aquilo que melhor te agrada! Por exemplo, talvez você não goste de ler tanto assim. Mas as matérias curtas da Julietta podem ser um bom começo. Uma por dia. Um pouquinho a cada dia. Porque, um por cento todo dia, ainda é um por cento.
Em casos de estresse contínuos e crises fortes, procure um profissional adequado! Sua saúde em primeiro lugar — não a negligencie. E se precisar, estamos aqui — para te apoiar, te amar e te escutar. Até a próxima!
PS: terapia salva vidas — literalmente!
Escrito por: Ana Clara Reis