O atual estágio de mudanças climáticas que o planeta tem passado chama-se Ebulição Global. Mas, quais são as causas, as consequências e como ele afeta o planeta? A Green Tuesday da semana separou as principais questões sobre o assunto e vai te ajudar a entender mais sobre esse termo e como ele pode afetar o futuro da população mundial.
“Ebulição Global” foi utilizado pelo secretário-geral da Organização das Nações Unidas, António Guterres. A expressão indica um período de intensificação sem precedentes do aquecimento global e uma preocupação com relação ao futuro do planeta. Ou seja, é uma fase de aumento das temperaturas da terra e da aceleração das mudanças climáticas.
A principal causa da ebulição global é a intensificação do velho e conhecido aquecimento global. A emissão de gases poluentes na atmosfera, queimadas e desmatamentos são fatores, já conhecidos, que contribuem para a agravamento das mudanças climáticas.
Além da maior frequência das ondas de calor, a ebulição global pode gerar aumento do derretimento das geleiras e calotas polares, perda da biodiversidade e mudanças bruscas de temperatura: chuvas intensas com enchentes e estiagem prolongada com tempo seco. As consequências podem ser sentidas em todo o planeta, como as inundações que aconteceram no sul do país, e em paralelo, as secas no rio Amazonas. Além das fortes ondas de calor que provocaram incêndios florestais, como os que aconteceram no Havaí, estado norte-americano.
A presença do fenômeno natural El Niño também acelera as mudanças climáticas. Ele é descrito como o aquecimento anormal das águas do Oceano Pacífico na sua porção equatorial, ocorre em intervalos irregulares de cinco e sete anos e tem duração entre um ano e um ano e meio.
Cientistas confirmaram, no início de janeiro, que o ano de 2023 foi o mais quente da história. Segundo o Serviço de Mudanças Climáticas Copernicus, da União Europeia, a temperatura média foi de 1,48 °C mais quente do que as médias do período pré-industrial.
A marca se aproxima do limite de 1,5 °C, considerado pelos cientistas como o ponto crítico para evitar as consequências climáticas mais alarmantes. Apesar de termos atingido a era da ebulição, ainda há possibilidades de desacelerar a elevação das temperaturas. Não atingimos o que chamamos de “Ponto de não retorno”, mas é necessário ações imediatas.
O que esperar de 2024?
Segundo Cientistas e especialistas, se não acontecer uma redução drástica, 2024 será ainda mais quente e devastador para o meio ambiente. O El Niño, com duração prevista até abril deste ano, deverá acontecer com mais força, de acordo com Sarah Kapnick, da Agência de Observação Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos. Ela disse ainda que 40% dos oceanos irão passar por uma onda de calor marítima. Há possibilidades de 2024 registrar pela primeira vez uma temperatura acima do aquecimento de 1.5°C.
Assim, as atividades humanas são as grandes “protagonistas” dos efeitos do aquecimento global ao longo prazo. Apesar de fatores naturais como o El Niño ajudar nas mudanças climáticas, as altas temperaturas registradas em 2023 vão muito além de causas naturais.
A Julietta reuniu essas informações e escreveu essa matéria como um alerta para que todos possam entender e ter a consciência de que o planeta está à beira do abismo climático.
Escrito por: Duda Ribeiro.
Repost: 23/01/2024.