Taylor Jenkins Reid ganhou bastante sucesso depois de seus best-sellers “Os Sete Maridos de Evelyn Hugo” e “Daisy Jones & Six” se tornarem os queridinhos do universo do BookTok. Aos seus 40 anos, a autora escreve de maneira leve, com drama na pitada certa quando o assunto se trata em explorar seus personagem e relacionamentos. E aqui, você irá conhecer, se interessar e saber um pouco mais da obra “Amor(es) Verdadeiro(s)”.
É possível amar duas pessoas ao mesmo tempo? Será que podemos ter mais de um amor verdadeiro em nosso coração? Esse é o questionamento da leitura, que te faz ficar apreensiva e te conecta com Emma Blair. A protagonista, durante seu jantar de noivado, recebe a ligação de que seu ex-marido, dado como morto a 2 anos, estava vivo e pronto pra voltar para casa.
Indecisa entre seu amor do passado e do presente, ela precisa decidir qual deles é seu amor verdadeiro. A partir dessa mini sinopse sem muito spoiler, o livro pauta temáticas acerca do luto, mudanças, amadurecimento, autoconhecimento — e claro, atrelado as duas história de amor. A seguir, vamos desenvolver um pouco mais sobre cada tópico.
Luto
“Quando você perde alguém que ama, é difícil imaginar que algum dia vai se sentir melhor. Que um dia vai estar de bom humor só porque o tempo está gostoso ou porque o barista do café da esquina sabe de cabeça qual é a sua bebida favorita.”
A parte mais dolorosa do livro? Talvez seja. Quando Jesse morre, seu amor desde do ensino médio e com as vidas perfeitas, Emma se sente vazia, oca e a autora nos revela na escrita de forma tão profunda, que provavelmente te faça se identificar com os sentimentos e criar uma empatia a mais com a personagem.
Mudanças
“As coisas boas não esperam até a gente estar pronto. Às vezes chegam antes, quando estamos quase lá. E eu concluí que, quando isso acontece, temos duas opções: deixar passar, como se fosse o ônibus errado. Ou então ficar pronto.”
Emma, na sua adolescência, não tinha uma boa relação com sua irmã mais velha, não curtia a ideia de herdar a biblioteca (negócio da família) e queria sair da cidade onde morava. Ao conseguir realizar essa idealização de uma vida boa, porém sem Jesse, Emma se viu na situação de voltar pra casa. Taylor descreve de uma forma simples e emocionante cada decisão tomada por Emma sobre quebrar barreiras que ela mesma construiu durante sua vida, e ver lados bons nisso.
Pov: ela ficou pronta.
Amadurecimento
“Eu mudei com o tempo. É isso que acontece com as pessoas. Ninguém fica estagnado. Todos nos transformamos em relação às alegrias e tristezas da vida.”
É lindo ver a protagonista amadurecendo suas ideias diante ao luto, se deixar ter um novo amor, se permitir alguém te ensinar como é amar de novo e acreditar que a felicidade e Emma combinam.
A personagem nos conta várias vezes o quanto suas escolhas, das mais simples às mais complexas, mudaram e que ela está aprendendo a lidar que talvez não possa se comparar com uma antiga versão sua. Isso nos ensina a não sofrer quando nos deparamos que nossos gostos não são os mesmos, somos diferentes em circunstâncias diferentes, “em relação as alegrias e tristezas da vida”.
Autoconhecimento
“Acho que o que você está tentando descobrir não é se ama mais o Sam ou o Jesse. Para mim, a questão é se você quer ser a pessoa que era com o Jesse ou a pessoa que é com o Sam.”
A parte que nos despedaça e despedaça igualmente Emma. Quando descobre que talvez o percurso não é decidir qual do seu triângulo amoroso você quer, mas sim sobre se autoconhecer, para não se machucar e nem seus amores a sua espera.
Duas Histórias de Amor
Taylor te faz refletir sobre como o amor muda com o decorrer do tempo, viver as angústias e receios de Emma com o amor, te faz mais próximo a leitura. O livro é uma história real, com personagens de sentimentos profundos tão reais quanto os nossos. “Amor(es) Verdadeiro(s)” é sobre voltar para casa e todos os significados que “casa” pode te entregar.
Escrito por: Jullia Vieira.
Repost: 24/03/2024.