A prática do veganismo e seus impactos na sustentabilidade

Vamos falar sobre o mundo vegano? Mais uma terça-feira, mais uma Julietta verde e sustentável! O veganismo é um estilo de vida, que não consiste apenas na não consumação de carne, mas sim em todos os campos da vida.

É uma prática alimentar composta de alimentos vegetais, podendo incluir cogumelos, algas e sal, e excluindo qualquer tipo de carne animal, com ou sem o uso de produtos lácteos, ovos e/ou mel — informações essas de acordo com a União Vegetariana Internacional (IVU). Ademais, existem diversas nomenclaturas, por conta das diferenças no consumo dos alimentos, por exemplo: 

  • Lactovegetarianismo: consome apenas laticínios como derivado do animal, como iogurtes, queijos e etc; 
  • Ovolactovegetarianismo: ovos e laticínios são permitidos;
  • Ovovegetarianismo: apenas ovos são permitidos;
  • Vegetarianismo: não consome nenhum alimento que tenha origem animal, como carne, ovo, peixes, aves, leite, derivados e mel. 
  • Veganismo: além de ter uma dieta vegetariana, também se adepta a uma vida que não usa roupas de origem animal, e nem cosméticos. 

Não só é um lifestyle, como também um movimento social de promover alternativas livres para o bem estar dos animais, seres humanos e meio ambiente. Segundo a ONU (Organização das Nações Unidas), a pecuária é a maior responsável pelo desmatamento, erosão de solos e contaminação de aquíferos (armazenamento de água subterrâneo) do mundo.

Apenas no Brasil, mais de 80% do desmatamento entre 1990 e 2005 foi realizado para suprir a demanda de consumo de carne. A maior parte do desmatamento da Amazônia tem sua origem na produção de carnes, laticínios e ovos. No consumo de água, uma comparação que pode-se fazer é: 1kg de carne bovina utiliza (em média) 15 mil litros de água e 1kg de cereais utiliza somente 1,6 litros. 

(Foto: Reprodução/Pinterest)

Para além disto, pensar no bem estar dos animais é sobre ter conhecimento acerca do processo da indústria na criação deles. Por exemplo, uma vaca leiteira, é inseminada artificialmente a vida inteira (pois sem filhos = sem leite) e seus filhotes são abatidos aos 3 meses como vitela/baby beef. As galinhas poedeiras (que põem ovos) passam a vida presas em gaiolas e, no final, o destino também é o abatedouro.

Quando se trata da indústria, só tem um objetivo: lucro e somente isso. Os animais são vistos como máquinas, hormônios injetados para acelerar o crescimento, antibióticos para conter doenças num ambiente lotado de animais visando a morte de cada um. A exploração é horrível. Para uma melhor explicação, aqui vai alguns documentários: 

  • Terráqueos – YouTube 
  • Cowspiracy – YouTube 
  • Viva e Deixe Viver – Netflix e YouTube 
  • Forks Over Knifes – Netflix

No entanto, esta matéria não é puramente um incentivo a adaptação de vida vegana, mas na verdade uma consciência sobre o quão prejudicial a pecuária pode ser. São escolhas para tornar o mundo melhor, se não tem procura, não tem demanda. 

Com o mundo vegano/vegetariano alavancando estes cenários, produtos sustentáveis estão entrando no mercado e, assim, auxiliando na adaptação deste hábito de vida. Eles diminuem o impacto no meio ambiente em seu processo de fabricação, desde da extração de material da natureza, produção, fabricação, distribuição, uso e descarte. Tudo isso é pensado. Dessa forma, com o selo verde, é possível fazer escolhas conscientes. 

(Foto: Reprodução/Pinterest)

É necessário atentar-se, além de produtos sustentáveis, em embalagens biodegradáveis, desperdício de alimentos (como estratégia, doar produtos próximos ao vencimento para instituições de caridade e comprar apenas o necessário), energia limpa e conscientização. 

Os impactos são extremamente positivos, preservando a biodiversidade, reduzindo o desmatamento e emissão de gases poluentes e prevenindo a escassez da água. Tem coisa melhor em evitar tanto desgaste na nossa natureza? Desde a decisão de consumir ou não carne, mas atrelado à outras escolhas no seu dia a dia. Se todo mundo fizer um pouco, o futuro será melhor. 

OBS: A Julietta ressaltar que qualquer processo de reeducação alimentar deve ser acompanhado por um especialista adequado da área da saúde!

Escrito por: Jullia Vieira.

Repost: 19/03/2024.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *