Certamente, quando você era uma criança em época de olimpíada, já se imaginou ser como aquelas ginastas que vemos pela televisão, seja na ginástica artística ou na ginástica rítmica. Hoje, no nosso #Greentusday, vamos explorar a história desse esporte que está se destacando recentemente, especialmente com as Olimpíadas de Paris 2024, além de entender como ele se tornou uma potência no Brasil.
Para iniciarmos, vamos ao dicionário para descobrir a origem do nome ginástica. A palavra vem do grego “gymnasion”, que significa “local para exercícios”. No entanto, a ginástica artística como conhecemos hoje em dia, começou a se moldar no século XIX. Friedrich Ludwig Jahn, da Alemanha, e Johann Christoph Friedrich GutsMuths foram os principais responsáveis pela criação dos métodos e aparelhos que compõem parte do esporte. Jahn é conhecido como o pai da ginástica moderna, e seu trabalho influenciou profundamente o desenvolvimento do treinamento e das competições.
A primeira vez que a ginástica artística participou das Olimpíadas foi em Atenas, em 1896. Desde então, o esporte se expandiu globalmente, conquistando um lugar de destaque nas competições internacionais, como o Campeonato Mundial e, claro, os Jogos Olímpicos.
No Brasil, a ginástica artística começou a ganhar popularidade a partir da década de 1940, mas a primeira competição oficial ocorreu em 1951, com a realização do Campeonato Brasileiro de Ginástica Artística. Nesse mesmo ano, o Brasil filiou-se à Federação Internacional de Ginástica (FIG), juntamente com as federações estaduais do Rio de Janeiro, São Paulo e Rio Grande do Sul. Entre as décadas de 70 e 80, houve um aumento significativo no interesse por esportes e atividades físicas. Em 1978, foi criada a Confederação Brasileira de Ginástica (CBG), que desempenhou um papel na organização de eventos e competições, ajudando a estruturar e profissionalizar o esporte no país.
Em 1999, um dos grandes nomes da ginástica artística brasileira começou a se destacar: Daiane Garcia dos Santos. Aos 16 anos, ela participou do seu primeiro grande evento, os Jogos Pan-Americanos de Winnipeg, no qual conquistou a medalha de prata no solo e um bronze por equipes. Daiane foi descoberta aos 11 anos, enquanto brincava em uma praça, e foi convidada a treinar no Grêmio Náutico União.
Em 2003, Daiane deixou uma marca grandiosa na história da ginástica artística brasileira. Ela participou do Mundial de Anaheim e conquistou a primeira medalha de ouro para o Brasil na competição. Nesse mesmo evento, Daiane apresentou ao mundo o movimento duplo twist carpado, que foi homologado pela Federação Internacional de Ginástica (FIG) e recebeu o nome “Dos Santos”, em homenagem à atleta.
Daiane não só deixou um legado no Brasil, mas também abriu portas para que jovens crianças sonhassem um dia em se tornarem campeões. De 2003 a 2024 passaram-se 21 anos, e a ginástica artística brasileira, que parecia não ter chances de voltar ao topo, agora recebe uma nova geração que pode mudar o rumo da história. Rebeca Rodrigues de Andrade, com 25 anos de idade, que já possui uma longa lista de conquistas e marcos no esporte.
Sua brilhante performance nos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020, onde conquistou o ouro na ginástica artística individual e impressionou com sua graça e técnica, capturou a atenção e o coração do público brasileiro e internacional. A atleta acumulou nove pódios em campeonatos mundiais — três ouros, quatro pratas e dois bronzes — e conquistou cinco medalhas em Olimpíadas.
Na última segunda-feira (04) Rebeca entrou de fato para a história se tornando a atleta brasileira com mais medalhas em Jogos Olímpicos de todos os tempos! A jovem, que se destaca pelo carisma e pelos movimentos precisos, é uma das atletas inspiradas por Daiane dos Santos e levou o Brasil a um patamar nunca antes visto na ginástica artística.
Outro grande nome do esporte é Flávia Saraiva, conhecida por seu charme inconfundível e seu grande potencial. Ela também é uma atleta em alta, destacando-se em Jogos Pan-americanos e campeonatos internacionais, consolidando sua posição como uma das principais representantes do Brasil na ginástica artística.
Na última terça-feira de julho, Flávia, junto com Rebeca Andrade, Jade Barbosa, Júlia Soares e Loranne Oliveira, conquistaram a tão sonhada medalha de bronze na competição por equipes nas Olimpíadas. Esse foi um feito inédito na história da seleção brasileira de ginástica, sendo a primeira medalha conquistada por equipes. [Essas meninas são um arraso mesmo!]
A ginástica artística é importante para o desenvolvimento físico e mental das crianças. Os jovens que fazem exercícios físicos aprendem valores como resiliência, foco e disciplina, além de melhorar sua força, flexibilidade, coordenação e equilíbrio. Os resultados alcançados por esses atletas não apenas representam a excelência no esporte, mas também servem como exemplo para uma nova geração de atletas.
Ver essas estrelas em ação inspira os jovens a se envolver na ginástica artística e perseguir grandes metas. Com uma base sólida de apoio e um número crescente de jovens que se envolvem em esportes, a ginástica artística brasileira tem tudo para se destacar ainda mais no cenário internacional.
Escrito por: Sarah Carvalho