Olá, Julies! Vamos falar sobre um assunto um pouco mais sério hoje? O segundo mês do ano vem com a cor laranja para nos conscientizar sobre a Leucemia — um dos tipos de câncer sanguíneos que está entre os mais comuns no Brasil. E a campanha “Fevereiro Laranja” surge para nos alertar sobre o quanto é precioso o diagnóstico precoce e a importância de doação da Medula Óssea.
E pra você se cuidar melhor, e cuidar daqueles que ama, vamos esclarecer o máximo possível sobre essa doença para que você, cara leitora, saiba exatamente o que fazer nesses casos, e para aqueles que estão enfrentando esse processo…
Nesta condição, os glóbulos brancos, que são as nossas células de defesa, sofrem alterações e começam a se reproduzir de forma descontrolada em células cancerosas, que morrem menos do que as células comuns do corpo humano.
No entanto, é importante conhecermos a divisão das leucemias. Para isso, convidamos Juliana Giavoni, graduada em Biomedicina e pós-graduada em Dosimetria Clínica. A profissional atua como Dosimetrista — na área de Radioterapia — e nos ajuda a esclarecer melhor sobre esse câncer.
As leucemias devem ser divididas em linfoides e mieloides, além de agudas e crônicas. Ambas diferem na faixa etária.
- Leucemia Linfoide Aguda (LLA) – mais frequente em crianças;
- Leucemia Mieloide Aguda (LMA) – pode ocorrer em qualquer idade, mas é mais comum em adultos;
- Leucemia Linfoide Crônica (LLC) – afeta principalmente adultos mais velhos e é rara em crianças;
- Leucemia Mieloide Crônica (LMC) – também mais comum em adultos.
E apesar de a LLA ser mais prevalente na infância, as leucemias podem acometer qualquer idade.
Quais são os primeiros sinais e como perceber os sintomas?
Os sintomas geralmente são bem inespecíficos, dificultando e atrasando o diagnóstico inicial. Sendo assim, a construção do diagnóstico pode variar muito de paciente para paciente.
“Sinais como fadiga, febre, infecções frequentes, sangramento, aparecimento de manchas roxas na pele (petéquias), dor nas articulações e dor abdominal (inespecífica devido ao aumento do baço), devem ter atenção. É importante procurar por um profissional da saúde para maiores e melhores orientações”, alerta Juliana.
Quais as principais formas de tratamento?
O principal tratamento é baseado em quimioterapia e em TMO — Transplante de Medula Óssea. Entretanto, nos últimos anos, tivemos um avanço absurdo em imunoterapia e terapias alvo (um tratamento de precisão personalizado).
“Ainda tem CART-Cell, que ainda é uma terapia extremamente cara mas que vale a pena ser citado. Ela é um divisor de águas no tratamento de doenças hematológicas. A radioterapia é usada em casos específicos, na irradiação do SNC (de lesões no sistema nervoso)”, explica a especialista.
E como podemos ajudar?
As campanhas de divulgação do “Fevereiro Laranja” são um pontapé inicial importantíssimo para a conscientização e conhecimento da doença. E com isso, é primordial na compreensão da Leucemia, entender a importância da doação de sangue e de plaquetas.
“Para isso, indico a REDOME (https://redome.inca.gov.br/) para o cadastro de doação de medula óssea. Eles realizam todo o trâmite burocrático de análise de compatibilidade e saúde e o doador não tem custo nenhum para isso”, finaliza Juliana.
E com isso, querida Julie, queremos sensibilizá-la a conhecer e entender a pontinha desse iceberg que é a leucemia. Dessa forma, trazendo para você as melhores opções para ajudar outros que vivem e enfrentam esse diagnóstico.
A conscientização começa pelo conhecimento, mas é a ação que transforma vidas! Compartilhe com as amigas, com a família, com os colegas de profissão… Nesse mês, muitas vidas podem ser impactadas pelo nosso agir!
Um abração, até o próximo #GreenTuesday.
Escrito por: Bruna Brandão.
Revisado por: Letícia Guedes.