Pegue seu chá e bolinho porque agora vamos falar de livro! E nacional! Lembra do nosso Especial 30 Autoras no mês de Maio em homenagem ao dia do autor? Nesse dominguinho quero falar da obra “Um Amor para Detestar” de Giulia Cavalcanti, um dos prazeres da Julietta por ter tido a oportunidade de ter um bate papo muito legal com a escritora.
Se você leu nossa entrevista, sabe que a comédia romântica é o gênero favorito da autora, e que “Um Amor para Detestar” é um clássico enemies to lovers inspirado nos anos 2000. O livro nos conta a história de Lena (não ousaria se fosse você a chamá-la de Helena), que tem uma família um tanto rígida demais com seus namoros. Até o dia em que ela decide apresentar o “pior” pretendente para eles apreciarem seu atual namorado.
“Acredito que o que o seu pai está tentando dizer é que não há química entre vocês, sabe? – mamãe retornou a palavra. Papai concordou com acenos enfáticos: – Exatamente! Quando perguntei quais eram suas intenções com a minha filha, ele respondeu “as melhores possíveis”. Todo sem personalidade. Sinceramente, quem responde isso?”
Lena está no seu último ano do ensino médio, então temos o clássico sofrimento para vestibular, conciliar estudos, família e amigos, e agora seu drama na vida romântica. A personalidade de Lena é dramática, pode pensar no exagero da coisa. Ler com sua narrativa é a mesma sensação de sair do mundo real, assim como ela faz com seus livros e vive nos contos de fadas. Já posso adiantar que é perfeito para uma leitura devoradora do início ao fim.
“A verdade é que sonhar com situações épicas é algo inerente à maioria dos leitores” – Lena
Já Gael, “o partido imperfeito” segundo Lena (e perfeito para todas nós suspiros e suspiros), é o personagem principal que te engana de início e você repara antes do seu par que ele é perfeito para ela. Com uma moto, tatuagens e um monte de coisas que Lena não consegue enxergar, Gael de forma inusitada, consegue o impossível.
Além da nossa personagem principal, os demais personagens possuem destaque bem legal durante o decorrer da história, o que faz querermos mais de cada um e comemorar por cada aparição. Inclusive um ponto de aplausos para a autora é sobre o desenvolvimento perfeito dos personagens, nada de dar ponto sem nó!
“Você supõe um monte de coisas negativas só porque o Gael tem uma aparência diferente da que você está acostumada. Isso não é justo.” – Carina
Carina é melhor amiga de Lena e é aquela pessoa para te por nos chão quando provavelmente se está sonhando demais, talvez num tom mais grosseiro no jeito Carina de ser, mas você sente todo o cuidado por trás de uma camada protetora contra carinho. Se você não tem uma amizade assim, é capaz de você ser esse amigo haha
A obra traz uma leitura curta, mas é aquela que aquece o coração e te faz relembrar durante os dias o quanto foi algo leve e cativante, o que te faz querer pertencer a história, é sem dúvidas um abraço! Interessante também observar as narrativas do amor ideal, que nem sempre é perfeito. É uma delícia de sessão da tarde com muita referência literária. O livro segue em altos e baixos que consegue te prender a história de forma natural, cheio de clichês e com gostinho de quero mais, temos “A Rivalidade Nua e Crua” onde Giulia atende nossos chamados por “bis” haha
Termino essa resenha com meu trecho favorito do livro, ler e se deparar com tanta imaginação de Lena é também se esquecer que na maioria das vezes podemos correr solitariamente em busca de nossa felicidade, a parte boa é que Lena se lembra também.
“— Não seja como as princesas dos contos de fada — minha irmã pediu. — Não fique em sua torre esperando que a felicidade venha até você. Faça o que quiser e lute pelo que quer.” – Laura e o superpoder da irmã mais velha.
Escrito por: Jullia Vieira