#JuliettaEntrevista: Júlia L. Privatti, a talentosa autora de “A Biblioteca das Tristezas Obscuras” e “A Ponte da Pedra Torta”

Júlia L. Privatti chega como uma aposta para o universo da fantasia nacional. Com foco em fantasia sombria com “enemies to lovers” — aquele clichê que muitas de nós amamos — já temos em mão “A Biblioteca das Tristezas Obscuras”. Sua primeira obra foi um livro de microcontos chamado “Microssaia”, lançado em 2021; já seu primeiro romance teve como título “A Ponte da Pedra Torta”, numa espécie de relato sobre sua primeira relação amorosa. Além da literatura, a jovem é estudante de Relações Públicas pela USP.

Quando questionada sobre qual seria a personagem que ela gostaria de trabalhar por uma semana, a resposta inusitada nos pegou de surpresa — mas tirou boas risadas da repórter. “Que questão [risos]. O que acontece: quando eu penso nos meus personagens favoritos, a maioria deles são assassinos. Então eu não sei se seria uma boa trabalhar com eles”, respondeu, brincalhona. Relaxa, Ju! A gente te entende. Nem sempre tem mesmo como trabalhar com esse povo [risos].

(Foto: Reprodução/Amazon.com)

Durante o bate-papo, Júlia trouxe de volta a lembrança sobre o Wattpad, que é o ponto de partida de muitos escritores. Assim como outros casos, foi na pandemia que ela deu a largada para investir de verdade em sua carreira como autora. “Acho que minha vida como escritora começou pela minha fase leitora”, acrescentou Júlia, que sonha em mexer emocionalmente com seus leitores, provocando sensações e semelhantes neles. Júlia mencionou a Eglantine, que já entrevistamos anteriormente por aqui, como uma autora nacional a qual tem muita vontade de conhecer pessoalmente e curte não só suas histórias, como seu trabalho nas redes sociais.

Eu já larguei várias ideias pela metade. […] Mas acho que é muito sobre o processo de amadurecer e você entender quais ideias você tem maturidade para tratar e desenvolver naquele momento e quais ainda faltam esse tempo de amadurecimento. Entenda amadurecimento tanto como amadurecimento de tempo de ideia, […] como de aprendizado mesmo”, afirmou a autora, que se mantém centrada sobre aquilo que sente que é ou não capaz de colocar no papel. Ela trouxe o questionamento: “você já estudou sobre isso?”, importante para o desenvolvimento não somente de histórias, mas também para o diversos processos profissionais. “Guarda aquela ideia, porque na hora certa ela vai ter o momento dela”, completou, frisando a necessidade da organização. Por fim, ela comentou que encara esse tipo de coisa como um aprendizado que vem com o tempo.

O mercado que a gente vive é esse. Tudo é mercantilizado”, desabafou Júlia a respeito de como é difícil viver apenas da escrita no país, e como existe a necessidade dos autores estarem sempre se desdobrando para permanecer nesse mercado. “É sobre saber mercantilizar as coisas sem abrir mão daquilo que a gente ama também”, finalizou.

(Foto: Reprodução/@juhprivatti)

E por quê ler Júlia L. Privatti? Damos a liberdade de você escolher entre essas três razões:

  1. Ela sabe se posicionar, seja como pessoa ou profissional;
  2. Você se encanta com a forma como Júlia desenvolve suas falas e ideias;
  3. Ela é uma promessa linda para a fantasia nacional, e a Julietta deseja toda sorte do mundo na sua trajetória.

Escrito por: Ana Clara Reis

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