Atriz, cantora e topliner, Gabi Yoon transita entre diferentes formas de expressão artística com naturalidade. Desde pequena, a arte sempre fez parte de sua vida, e sua trajetória é marcada pela curiosidade e pela vontade de explorar novas possibilidades.
“A música sempre foi meu refúgio, meu consolo, mas quando comecei a explorar outras áreas artísticas, percebi que tudo se interligava e se nutria mutuamente”, conta Gabi.
Foi com essa mentalidade aberta que a jovem descobriu, por acaso, a função de topliner, quando recebeu sua primeira proposta de trabalho na área. “Foi uma descoberta transformadora, pois me permitiu explorar a composição de uma forma mais intuitiva, usando apenas a voz”, explica a artista.
Gabi define a função como a de um compositor que cria melodia e letra sobre uma base instrumental já pronta. A experiência trouxe um novo olhar para sua relação com a música e abriu portas para parcerias com produtores e outros artistas.

Se a música sempre esteve presente, a atuação veio para expandir ainda mais suas possibilidades criativas. “Sempre tive um fascínio por contar histórias, e atuar me permite viver diferentes vidas, entender perspectivas distintas e me desafiar emocionalmente“, expõe a cantora.
Atuação, representatividade e identidade cultural
Entre os desafios da atuação, a profissional destaca seu trabalho no filme “7 Prisioneiros”, principalmente por ter sido uma experiência que exigiu um mergulho profundo no papel. “O filme trata do tráfico humano, um problema real e atual. O mais difícil foi trazer veracidade a uma dor que eu nunca havia vivido, mas que tantas pessoas enfrentam todos os dias”, reflete Gabi. Para ela, interpretar personagens complexas e emocionalmente intensas é sempre uma oportunidade de aprendizado.
Nascida na Coreia do Sul e criada no Brasil, Gabi Yoon enxerga sua identidade cultural como parte fundamental de sua arte. “Crescer entre duas culturas moldou minha perspectiva e influenciou meu trabalho. É algo que carrego comigo, mas sempre com o desejo de ser reconhecida pelo meu talento, não apenas pela minha etnia”, compartilha.
Apesar dos desafios, a artista acredita que a diversidade tem ganhado mais espaço na mídia e vê um movimento importante acontecendo dentro da indústria.
Esse processo de autodescoberta também passou pelo YouTube, onde encontrou uma das primeiras formas concretas de expressar sua arte. “Foi uma fase muito importante para mim, porque me permitiu experimentar, errar, acertar e entender melhor o que eu queria artisticamente”, revela a topliner. Mesmo tendo pausado as postagens, Gabi vê a plataforma como um marco no seu caminho. Hoje, foca na televisão, atuando na novela “Volta Por Cima“, conciliando a atuação com a música.


Expansão cultural e perspectivas para o futuro.
O sucesso dos k-dramas no Brasil reflete, de acordo com a estrela, a crescente influência da cultura sul-coreana no país. “Nunca imaginei que um dia estaria em uma novela brasileira com um núcleo de k-drama. Isso mostra o quanto essa onda impactou nosso país e como as culturas estão se misturando de formas muito interessantes”, desabafa Gabi.
Sobre o futuro, a artista mantém os pés no presente, mas com grandes expectativas. “Não temos como prever o que vai acontecer, mas cada experiência contribui para o nosso crescimento. O importante é se jogar, experimentar e construir seu próprio caminho”, declara.
Ah! E sabe qual personagem a jovem gostaria de trabalhar um dia? Isso mesmo, nossa querida Galinda — ou melhor — Glinda, de “Wicked”! “O último filme que eu assisti foi Wicked. Eu acho ela muito engraçada, muito charmosa, o jeito dela, sabe, tudo isso é muito lovely, é muito amável, muito doce. Então é uma personagem que eu gostaria de conhecer ao vivo”, defende a atriz.
Com projetos em andamento e muitas possibilidades à frente, Gabi Yoon continua trilhando um caminho versátil, onde a música, a atuação e a composição seguem lado a lado, impulsionadas por sua paixão pela arte.
Escrito por: Iris Ribeiro.
Revisado por: Letícia Guedes.