Atletas brasileiras que foram marcantes nas Olimpíadas

Faltam exatamente três dias para darmos início a mais uma edição das Olimpíadas, a maior competição esportiva do mundo. Sendo assim, a Julietta decidiu hoje trazer uma retrospectiva de brasileiras que marcaram suas histórias nos jogos olímpicos. Mas, antes de começarmos, vamos explicar como esse grande evento surgiu.

Criadas na Grécia Antiga por volta do século VIII a.C., as Olimpíadas faziam parte de festivais religiosos em honra a Zeus. Durante esses eventos, os atletas competiam em modalidades como corridas, lançamento de disco e luta livre, buscando prestígio para suas cidades-estado.

Alguns séculos depois, o Barão Pierre de Coubertin, um apaixonado por esporte, decidiu modificar o conceito das Olimpíadas modernas, que foram realizadas oficialmente em 1896, tendo Atenas como sede inaugural. Desde então, o evento evoluiu para incluir esportes de diversas culturas e nações, promovendo a paz e a união através da competição atlética.

Este ano, as Olimpíadas retornam à França pela terceira vez em sua história, após terem sido sediadas em 1900, 1924, e agora em 2024, marcando um século de tradição olímpica no país.

Barão Pierre de Coubertin fundador das olimpíadas modernas (Foto: Reprodução/Comitê Brasileiro Pierre de Coubertin)

Atualmente, as Olimpíadas não apenas celebram os melhores esportistas de cada país, mas também servem como uma plataforma global para promover valores como o respeito entre os povos do mundo. Com a participação de milhares de atletas de todos os cantos do globo, os jogos olímpicos continuam a inspirar e unir nações através do poder do esporte.

As mulheres têm desempenhado um papel fundamental nesse cenário, mostrando talento e determinação em diversas modalidades. E é sobre isso que vamos falar agora.

Maria Lenk

Maria Lenk, aos 17 anos (Foto: Reprodução/Getty Images)

Pioneira da natação brasileira, Maria Lenk competiu nos Jogos Olímpicos de 1932, sendo a primeira mulher sul-americana a participar de uma Olimpíada. Além de sua participação histórica, Maria Lenk quebrou diversos recordes e ajudou a estabelecer uma base sólida para a natação brasileira, inspirando gerações de nadadores no país.

Jackie Silva e Sandra Pires

Pódio brasileiro nos Jogos de Atlanta-1996 (Foto: Reprodução/COB)

Em 1996, Jackie Silva e Sandra Pires conquistaram a primeira medalha de ouro para o Brasil no vôlei de praia, nos Jogos de Atlanta. Sua vitória não apenas marcou o início do sucesso brasileiro nessa modalidade, mas também solidificou o Brasil como potência mundial no vôlei de praia, e consolidou as primeiras mulheres brasileiras a ganhar uma medalha de ouro olímpica.

A vitória veio através de uma final acirrada contra outra equipe brasileira, Adriana Samuel e Mônica Rodrigues. No primeiro set, Jacqueline e Sandra venceram por 12 a 11 em um jogo extremamente disputado, o que acabou por desestabilizar Adriana e Mônica. Já no segundo set, Jacqueline e Sandra venceram com mais facilidade, fechando o placar em 12 a 6 e garantindo o título de campeãs olímpicas para o Brasil.

Hortência

(Foto: Reprodução/ CBB)

Ícone do basquete brasileiro, Hortência se tornou a maior cestinha da história da seleção brasileira. Durante os Jogos Olímpicos de 1996, ela brilhou nas quadras, sendo uma das principais jogadoras da seleção brasileira feminina.

Apesar de ter 36 anos e de ter sido mãe durante esse período, Hortência conquistou junto ao time uma medalha de prata para o Brasil. Com habilidade e liderança, não só contribuiu para o sucesso da equipe, mas também se tornou uma figura inspiradora para mulheres atletas no Brasil.

Marta Vieira da Silva

Marta com a prata conquistada no futebol nos Jogos Olímpicos de Atenas 2004 (Foto: Reprodução/ UOL)

Desde sua estreia nas Olimpíadas de Atenas em 2004, Marta tem sido uma das maiores estrelas do futebol feminino mundial. Com habilidade técnica excepcional e uma liderança inquestionável, Marta acumulou recordes de gols e participações em Copas do Mundo e Olimpíadas, tornando-se uma voz poderosa na luta pela igualdade de gênero no esporte.

Esse ano se a jogadora conquistar mais uma medalha, será marcada como a primeira atleta futebolística a conseguir três pódios nas olimpíadas, sendo duas pratas em 2004 e 2008. 

Fabiana “Fabi” Oliveira

Fabi vôlei ouro olimpíada Londres 2012 (Foto: Reprodução/ Elsa/Getty Images)

Em 2012, Fabi foi essencial para a seleção brasileira feminina de vôlei, desempenhando um papel significativo como líbero. Reconhecida por sua técnica impecável e dedicação incansável em quadra, Fabi ajudou o Brasil a conquistar a importante medalha de ouro nas olimpíadas de Pequim em 2008 e Londres em 2012, além de acumular inúmeras medalhas em competições internacionais, deixando seu legado no esporte.

Mayra Aguiar e Rafaela Silva

Mayra Aguiar a esquerda e Rafaela silva a direita. (Foto: Reprodução/Gabriela Sabau e Tamara Kulumbegashvili)

Já no mundo do judô podemos destacar dois grandes nomes: Mayra Aguiar e Rafaela SIlva. Mayra tem se destacado como uma das melhores judocas do mundo desde os Jogos Olímpicos de 2012. Com múltiplas medalhas olímpicas e títulos mundiais, a judoca é conhecida por sua técnica refinada e determinação inabalável no tatame.

Em 2016, Rafaela Silva conquistou o ouro olímpico no judô, marcando um momento histórico para o esporte brasileiro. Sua vitória não apenas a consagrou como uma das melhores judocas da atualidade, mas também inspirou muitos brasileiros com sua trajetória de superação e dedicação ao judô desde a infância. Apesar de passar por um período de polêmicas e não ter participado nas olimpíadas de 2020/21, a judoca retorna em 2024 nos tatames de paris. 

Martine Grael e Kahena Kunze

Martine Grael e Kahena Kunze medalha de ouro na vela (Foto: Reprodução/REUTERS)

Martine Grael e Kahena Kunze dominaram a vela brasileira nas classes 49er FX, conquistando o ouro nos Jogos Olímpicos de 2016 e repetindo o feito em 2020. Com habilidade excepcional e determinação, a dupla não só representou o Brasil com elegância, mas também inspirou as novas gerações de velejadores no país, com o Projeto Grael que é realizado em Jurujuba, Niterói.

Beatriz Ferreira

 Beatriz Ferreira, do Brasil, com a medalha de prata conquistada no boxe (Foto: Reprodução/Jonne Roriz/COB)

Nos Jogos Olímpicos de 2020/21, Beatriz Ferreira se destacou no boxe, mostrando uma técnica refinada e um estilo agressivo no ringue. Sua medalha de prata não só a colocou no pódio olímpico, mas também a consagrou como uma grande promessa para as futuras edições.

Ana Marcela Cunha

Ana Marcela Cunha com o ouro olímpico em 2021 (Foto: Reprodução/REUTERS)

Ana Marcela Cunha brilhou na natação em águas abertas nos Jogos Olímpicos de 2020/21, conquistando a medalha de ouro e demonstrando uma resiliência admirável em suas performances. Com várias conquistas em campeonatos mundiais e Jogos Pan-Americanos, Ana Marcela é uma das maiores maratonistas aquáticas da história.

Rayssa Leal

Rayssa Leal fadinha, skate street, Olimpíadas de Tóquio, medalha de prata (Foto: Reprodução/André Durão)

Conhecida como a “Fadinha do Skate”, Rayssa Leal fez história nos Jogos Olímpicos de 2020/21 ao se tornar a medalhista mais jovem do Brasil e uma das mais jovens da história das Olimpíadas. Seu talento e carisma conquistaram o coração dos brasileiros, inspirando a todos e mostrando o potencial do Brasil na modalidade.

Rebeca Andrade

Nos Jogos Olímpicos de 2020/21, Rebeca Andrade impressionou na ginástica artística, conquistando duas medalhas, incluindo o ouro no individual geral. Com uma combinação de graça, força e habilidade técnica, Rebeca elevou o nome do Brasil no cenário mundial da ginástica, sendo considerada uma das maiores ginastas da América latina. 

Rebeca Andrade com sua medalha de ouro (Foto: Reprodução/Laurence Griffiths/Getty Images)

A história de cada uma dessas mulheres marcou profundamente os corações dos torcedores brasileiros, e essa história está longe de terminar. Em 26 de julho de 2024, um novo capítulo se inicia na trajetória do Brasil nos Jogos Olímpicos. Algumas das atletas mencionadas estarão presentes, buscando o ouro para nossa nação. Portanto, prepare seu espírito de torcedor e celebre as conquistas da seleção brasileira.

Escrito por: Sarah Carvalho

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